Sie haben keine Artikel im Warenkorb.

Kkym + P.or.k

Filter

No imediato rescaldo do ataque perpetrado pelo Hamas em 7.10.223, o historiador Ilan Pappe contextualiza os acontecimentos que durante semanas o antecederam, o movimento de protesto contra o projeto governamental de reconfiguração do sistema judicial de Israel. Nestes protestos a discussão sobre a Ocupação dos Territórios Palestinos - Faixa de Gaza e Cisjordânia - era tema considerado como resolvido ou, com efeito, proscrito. Qualquer tentativa para se falar da Palestina ou da violência continuada sobre os palestinos era sumariamente silenciada. O único problema era a reforma judicial, num país dividido entre duas concepções de apartheid: uma secular, à maneira das democracias ocidentais; a outra messiânica, religiosa e autocrática - de ambas, estando definitivamente excluídos os palestinos.

Contra esta percepção comum em Israel, o autor vem contestar décadas de propaganda, de narrativas e falsidades, a partir das quais se tem de-historicizado e descontextualizado a causa palestina e a sua luta anti-colonialista. A sua crítica incide, em primeiro lugar, sobre a natureza ideológica e racista do movimento sionista, que está na génese do Estado de Israel. Neste sentido, procura distinguir a natureza dos legítimos movimentos de auto-determinação e libertação nacional de qualquer genealogia etnoracial, a partir da qual se mobiliza o programa colonialista de aparthied, de ocupação e eliminação-expulsão dos autóctones. Em segundo lugar, procura sublinhar a longa duração da história palestina que fundamenta a sua legítima luta pelo direito a viver independente, democrática e livre no seu território. Quando estas condições sejam cumpridas a Palestina viverá em paz.

CHF 1.00

Tendo por base os primeiros capítulos de um novo livro [The Ethnic Cleansing of Palestine, Oxford, Oneworld, 2006; A Limpeza Étnica da Palestina, trad. L. G. Soares, São Paulo, Sundermann, 2016], este ensaio enfatiza os preparativos sistemáticos que lançaram as bases para a expulsão em 1948 de mais de 750.000 palestinos do território do recém criado Estado de Israel. Enquanto esboça o contexto e os desenvolvimentos diplomáticos e políticos do período, o artigo destaca em particular o projeto plurianual «Arquivos da Aldeia» (1940-47), envolvendo a compilação sistemática de mapas e informação secreta para cada aldeia árabe, além da elaboração - sob a direcção de um «comité» interno com menos de uma dúzia de homens, liderado por David Ben-Gurion - de uma série de planos militares que culminam no Plano Dalet, segundo o qual a guerra de 1948 foi travada. O artigo termina com a declaração de um dos objetivos subjacentes do autor ao escrever o livro: defender um paradigma de limpeza étnica para substituir o paradigma da guerra como base para a investigação académica e o debate público sobre 1948.

CHF 1.00